Autofagia!
Acordei com o gosto do meu sangue
entre meus dentes
Que escorria
Da língua que se rasgara nas
correntes
Das quais fugia!
Vampira!
É amargo e prazeroso o meu sabor!
Que a língua fira
Todo aquele que lhe impingiu a
dor
De ser de si traíra!
Vadia!
Liberta e desobrigada
Em poesia
De corpo e alma rasgada!
Enfim revivia!
Ressurreição
Dos sabores já sepultados,
Do coração,
Dos membros de si amputados...
Da emoção!
De hoje em diante
A língua não cala!
A fiel amante
Do que a alma fala
Seguirá falante!
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